domingo, 28 de julho de 2013

Só tamanho

Muitas vezes definida como mulherão, meus 1,70m mais o salto assustam muita gente de primeira. Toda essa "cavalisse"somada com um jeito moleque, escrachado, desbocado e palhaço de ser, com um pouco de tom de voz alto e quase nenhuma papa na língua espantam mais um bocado. Esse conjunto de características estão longe de ser de uma menina frágil e indefesa. Toda grandeza da aparência só passa a imagem de uma pessoa totalmente auto suficiente, independente, que não se chateia e nem precisa de cuidados. Doce engano de quem pensa isso. Tudo não passa de um mecanismo de defesa de alguém que teve que se acostumar a viver assim desde de sempre, que foi condicionada a acreditar nisso porque sempre ouviu "a Renata é independente, se vira sozinha". MAS EU PRECISO DE AJUDA! Tenho medo de escuro e pavor de barata, choro quando alguém grita comigo, preciso de colo quando estou cansada ou triste, sinto falta de doer o coração de alguém dizendo que está com saudade de mim, sou movida a elogios sinceros e adoro ser paparicada. "Me avisa quando chegar em casa"` ou "toma cuidado"são frases quase equivalentes a um abraço! Assumo minha carência das coisas simples, dos gestos de afeto e preocupação. O básico me encanta e apaixona...e me faz uma falta quase que do meu tamanho. A altura não tenho como mexer, o jeito não tenho como mudar. Pra carência, aguardo pela pessoa que vai enxergar a menina pedindo colo por trás da mulher que se impõe, a inquietude no coração da profissional que cresce a cada dia, um ponto vazio por trás de cada gargalhada. Ser feliz sozinha? Está mais que aprendido! Mas acho que já podemos passar pro capítulo onde se aprende a ser feliz junto né?