segunda-feira, 11 de março de 2013

O x da questão

    Tantas fórmulas matemáticas sobre pontos ótimos – de caixa, de estoque e outras – e ninguém inventou nenhuma pro ponto ótimo do relacionamento? Alguma que te dê o tempo exato onde você atinge o melhor custo-benefício dele. Um ponto depois de desistir sem tentar e antes de tornar o sentimento mais profundo e quebrar a cara. O ponto de equilíbrio entre a curva da parte que vai se apegando à medida em que o tempo vai passando e a curva da parte que vai enjoando no mesmo espaço de tempo, algo parecido com o gráfico abaixo, onde a curva marrom é a parte que desapega, a azul é a parte que se apega e a linha preta diz o tempo certo pra terminar.

 

    Oh, dúvida cruel! O racional briga com o emocional, os fatos brigam com a esperança, e a gente fica insegura sobre o que fazer: ir levando, correndo o risco de se envolver mais, mesmo percebendo que a outra parte não está com os mesmos propósitos, ou colocar um ponto final pra se proteger e correr o risco de estar colocando os carros na frente dos bois e fazendo uma burrada? Estatísticas pegando amostras de situações anteriores da minha vida, com desvio padrão quase que igual a zero, me fariam decidir pela segunda opção, sem pensar duas vezes.

   Mas a relação entre duas pessoas envolve um número N de variáveis, que se aproxima bastante de infinito. Personalidades, fases da vida, valores, desejos, entre outras, são algumas das variáveis envolvidas. Provavelmente não teriam letras nos alfabetos para todas elas. E imagina o tamanho dessa fórmula? Maior do que qualquer outra já vista na história das exatas. Seriam números elevados a 19063289428ª potência, limites e derivadas sem fim.

   Apenas concluo que relacionar-se não é uma ciência exata... Não é sequer uma ciência! A única fórmula encontrada é: viver + deixar rolar - (ansiedade + preocupação). Mas uma coisa é exata nessa história: esse resultado nunca vai ser < 0, porque no final Ef > E0, onde E0 = experiência inicial e Ef = experiência final. E ganhar experiência é sempre positivo na análise do resultado da vida realizada.


*Revisão: Bianca Ferreira




quinta-feira, 7 de março de 2013

Além da bunda

Vivo de bom humor.
Eu me preocupo com quem está comigo. 
Sinto-me bem ajudando. 
Sou muito divertida. 
Faço piada. 
Adoro imitar as pessoas. 
Amo quando faço as pessoas rirem. 
Adoro ouvir, dar conselho, dividir experiências. 
Interesso-me pelas histórias de vida. 
Adoro conhecer o meio de vida, os amigos, a família. 
Fico feliz quando vejo as pessoas crescerem. 
Tento motivar as pessoas. 
Sou aventureira. 
Topo qualquer parada quando bem acompanhada. 
Só tenho 2 frescuras: não tomo refrigerante e não vou à praia de ônibus. 
Gosto de conversar sobre tudo. 
Sou carinhosa, atenciosa, sincera. 
Sou uma companheira e tanto! 
Não sou um objeto, tenho sentimentos, muitos até na verdade. 
Sou carente. 
Preciso de carinho. 
Preciso me sentir importante. 
Preciso que alguém precise de mim. 
Só tenho tamanho!

Viu quanta coisa essa BUNDA toda esconde? 
Uma pena ela acabar tirando o foco de tudo que posso oferecer.
Cansei.
Quero valor!
Um dia aparece o ser com a visão biônica que vai conseguir enxergar isso tudo.

[Imagem: Reprodução]